José González Collado
AS ESPERAS DO AMOREsperas inúteis são horas vencidas,
por impulsos que o nosso corpo tem;
Loucuras, devaneios que as nossas vidas,
Vão semeando aqui e além.
Frutos de amor, vértices de ternura,
Lânguidos cansaços, plenos de prazer,
Despertam no calor da noite escura,
Abraçados à fúria de viver.
Quantos corpos desmaiam, sequiosos,
Ao encontro de um amor a construir;
Repletos de silêncios e desejosos
Da vontade de ser e de existir.
Mãos que se unem em harmonia,
São cadeias de gestos repetidos,
Que, cobertos de dor e alegria,
Alimentam a força dos sentidos.
Jorge Vieira
in "Manhãs Inquietas"
(disponível na FNAC)
(disponível na FNAC)
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