Dei com os meus sonhos espalhados pelo chão,
A alma em pedaços ainda a resistir
Soluçava de dor meu coração
E a boca rasgada ainda a rir.
Finjo que estou sempre contente
Vivendo de sonhos e recordações
Que povoam a minha mente
E me trazem cheia de ilusões.
Não é possível sem sonhos viver,
Sem mergulharmos no abismo dos seus apelos,
Sem sentirmos a sua vontade o seu querer
Mesmo, quando já são brancos os cabelos.
O sonho não tem fronteiras nem idade,
Chega e está sempre de partida
Deixando em nós o sonho, uma saudade
Do sonho que nos traz preso à vida.
Leonor Reis
in “Poemas feitos de saudade”
Porto 2004
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