sábado, 1 de outubro de 2011

VEM AMOR...


VEM AMOR...

A luz fria da dura consciência
Surge em mim tenaz e virulenta
E é tal a sua magna refulgência
Que corta à vida as asas em tormenta.

E no amor sua vasta afluência
Minha alma álgida e sombria acorrenta
Dispersa em vendavais sem conivência
Castos sonhos que escondo em mim sedenta...

Vem por isso, Amor, noite em mansinho
Indicar-me aventurado o meu caminho
Para que a lucidez não roube o meu ser

Quero ser a Aventurada a que almeja
A que ama, a que toda a gente inveja
A que corre a direito a desfalecer…

E eu alcei a voz moribunda
E vi na aridez de toda a aridez
Que outras vozes também
Sim também elas outras vezes
Haviam gritado em sua voz
Na negação de toda

Acilda

Sem comentários:

Enviar um comentário