terça-feira, 4 de outubro de 2011

XVII – ESSA SEDE QUE NÃO SECA


XVII – ESSA SEDE QUE NÃO SECA

Alterno entre nada e coisa nenhuma.
Alterno entre tudo e coisa alguma.
Alterno:
entre dois mundos dialécticos.
Porque tenho um pé no colorido da infância
onde se desembrulham presentes a cada segundo
E outro no negrume da adultez
onde nem há papel de embrulho
nem nada para embrulhar.
E assim
vivo em (polar)idade
sem nada
(ou com pouco)
para me reconfortar.

Denise Poémia
in "Poesia Semântico-Visual - Incursão ao Devaneio"
lido por Ana Soares

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