GOSTO
Gosto de fresca poesia,
Salpicada de orvalho da manhã;
Que tenha suave melodia,
Qual canto de cotovia
E perfume de hortelã!
Um pirilampo vogando,
Como vela em alto mar;
Uma cigarra cantando
E um passeio ao luar…
As estrigadas do linho,
As vozes numa cantiga;
A prova do novo vinho,
Uma trança de rapariga…
Da mocidade, a beleza,
Do carolo do noivar;
Da graça da natureza,
No arco prá noiva passar…
GOSTO…
Maria Irene Costa
in “ Teia de afectos”
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