Há poetas
que cantam o vazio da esperança;
sem leme na rota do seu navegar!
Há poetas
que dão voltas no mar
e às voltas que dentro de si têm,
mas sem portos onde aportar!
Desgraça,
desgraça ter-se nascido com tudo
e viver sentindo que não se tem nada!
Há poetas,
que em busca d’inspiração,
olham para as estrelas,
pensando que delas ela vem!
Outros não,
apenas olham para o chão
e vão-se queimando
nas estrelas que em si têm
e no fogo que deles vem!
Silvino Figueiredo
(o figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Sem comentários:
Enviar um comentário