terça-feira, 19 de abril de 2011

O FMI NÃO QUER SER CRAVADO


O FMI NÃO QUER SER CRAVADO
 
Quem ajudou a combater mouros
Um condado herdou,
Seu filho, para conquistar Lisboa,
Teve ajuda de cruzados,
Foi tudo à espadeirada
Para a monarquia ser alargada, mais para sul E ter mais céu azul!
Mas, para manter a independência,
Já em Aljubarrota,
Vieram ingleses, em sua frota,
Ajudar-nos a ser portugueses,
Não espanhóis,
E os mesmos ingleses,
No tempo de Napoleão
Tornaram a segurar a nação,
Ficou reino mais seguro
E eles garantiram bebedeiras do maduro
Deste país , que já por mares se tinha estendido E enriquecido, Não com
trigo nem indústria, Mas com a riqueza das especiarias, Do açucar, do café e
do cacau!
 
Com o ouro da mina,
Os reis não desenvolveram o o País,
Mas fizeram Batalhas,
Jerónimos e Mafras em cada esquina!
 
Nossos reis foram sempre gastadores,
Da pompa imitadores,
E mesmo após a República
Continuou a mesma farra,
Sem ninguém saber tocar guitarra!
Quem o sabia era um ditador,
Mas com 40 anos no poder sentado,
com o todo o poder em sua maão
Dizendo que Angola era nossa,
Deu com as costas no sobrado,
a Bem da Nação!
 
Veio o 25 de Abril,
Portugal pensou que era do baril,
Mais tarde até bué de fixe,
Nos jardins havia cravos
Que foram as balas dos soldados
E houve alegria e farra à grande e à francesa, As couves vinham de Bruxelas
O trabalho que se lixasse!
Havia sempre quem pagasse
Ou subsidiasse!
 
Foi então que, um dia,
Portugal descobriu
Que havia um senhor; o FMI,
Que foi chamado aqui,
Para nos dar uma mãozinha,
Para nos endireitar as costelas,
Mas teve que vir outra vez,
Porque os Portugueses
Estavam outra vez nas lonas
E outra vez com mazelas,
Que não passavam só com azeitonas!
 
Agora novamente,
Pela terceira vez,
O FMI está aqui!
 
Desta vez nem se festeja o 25 de Abril,
Porque, haver cravos há,
Mas o FMI, dinheiro para cravos não dá,
Não querem ser cravados!
 
Mas para uma Revolução
Já nem há soldados,
A maioria está na reserva
Com recibos verdes, na mão,
Que com eles fazem balas de papel,
Porque para balas a sério não ganham,
Nem para pão!
 
Mas, para princípio duma guerra,
Para começar,
Pode-se mandar o FMI à merda.
 
O que é preciso é inventar novas palavras, Novos gritos, Novas atitudes,
Para defender a nossa terra, O nosso mar!
 
Sim, nós somos os heróis do mar,
Heróis do dever!
Heróis no pagar!
Heróis de andar de pé!
Mas não no rastejar!
 
Se preciso for,
Todos, mas mesmo todos,
Desta vez cada português divide uma sardinha por três!
 
Depois que se lixe!
Que fechem todos os ginásios
E ficaremos todos na linha!
Desde que haja um sardinha
Para cada português dividir por três!
 
Portugal voltará a ser bué de fixe!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint piere de
lá-buraque)
16/04/2011

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