Imagem fragmentada,
CÂMERA, LUZ E AÇÃO,
A plateia, fascinada,
Faz da imagem a ILUSÃO?
Em qual céu mora a atriz?
Na ilusão do Figurino?
Mito e Robô? Feliz?
Será um ser feminino?
Rosto frio, robotizado,
Na trama da luz que aquece,
Busca o pano entrelaçado,
No fio que envolve e tece.
Puxa, estica, retorce,
Esconde, mostra, defende,
A alma fria contorce,
Ao som da luz se acende.
Corta, recorta, divide,
No vai e vem – LUZ! AÇÃO!
Na imagem, então, incide,
Sempre nova emoção.
Imagem fragmentada,
Robótica, surreal,
Oferece, congelada,
O seu corpo virtual.
O espectador faz a imagem,
De forma tão natural,
Do corpo que, na filmagem,
É o da mulher ideal.
Trovas de Constância Nery
in “Mulher Vestida para…”
de Andreana Bueste
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