Um quase nada de céu, eu tenho na minha mão,
porque é a única esperança consciente,
na eterna nostalgia.
Um quase nada de céu, eu tenho na minha mão,
porque os harmoniosos pensamentos
são destilados no lúcido alambique da vida.
Um quase nada de céu, eu tenho na minha mão,
ungido no alastrar resplandecente da manhã,
ao postigo de mais um dia.
Um quase nada de céu, eu tenho na minha mão,
e quero partilhá-lo, dividi-lo, multiplicá-lo,
enchê-lo dos sábios deslumbramentos,
que são privilégios das artes.
Um quase nada de céu, eu tenho na minha mão,
mas vou soltá-lo no vento.
Kim Berlusa
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