quinta-feira, 28 de abril de 2011

ESPAÇOS CHEIOS DE NADA

ESPAÇOS CHEIOS DE NADA

Vidros estilhaçados nas janelas
Com sonhos espreitando por dentro delas
Tijolos e tábuas mascarados de portas,
Proibidas, há muito, do seu vaivém.
Pinturas vadias com cores já mortas,
Enchendo paredes sem calor de ninguém.
São casas vazias e abandonadas
Que ocupam as ruas dum Porto vazio.
O meu Porto só, cheio de nada e frio.

Maria Lourdes dos Anjos

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