quinta-feira, 28 de abril de 2011

PORTO DE ABRIGO

PORTO DE ABRIGO

Ó cidade nosso Porto de abrigo
onde o vento é canção de embalar.
pela noite, dorme o Douro contigo
co mosteiro indiscreto a mirar…

Anda o mar ciumento e choroso
a bradar o teu nome na Foz
e a dizer em tom doloroso
mil poemas na dolência da voz:

Porto és a cama
o ninho, a certeza,
a lareira em chama
que nos aconchega,
Porto de chegadas
e tristes partidas…
malas arrancadas
aos cantos das vidas!

De manhã é de tule o roupão;
que tu usas pra nos acordar
e aos teus pés o granito do chão
faz contraste com o Douro a brilhar!

São imagens de encanto e de cor,
são do Porto mensagens sentidas,
são infindas promessas de amor
tão por nós fortemente sentidas!

Porto és a cama
o ninho, a certeza,
a lareira em chama
que nos aconchega,
Porto de chegadas
e tristes partidas…
malas arrancadas
aos cantos das vidas!

Maria de Lourdes Martins

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