É neste rasgar de nós
Que em pedaços nos vamos rasgando,
Pedaços espalhados no tempo,
Que por nós vai passando!
Pedaços de nós!
Pedaços duma redacção,
Que alguém em nós escreveu
E vão ficando espalhados pelo chão
Sem os ninguém ver;
Pedaços da nossa identidade,
dos nossos rasgados passos
A caminho da incerteza da verdade
Com indefinidos traços!
De tanto nos rasgar,
A todo o momento,
De tantos pedaços espalharmos!
Nunca aditaremos um livro da nossa vida
….. a tempo!
Ficarão só pedaços de nós,
Que andarão por aí
Arrastados por ventos,
Que lavarão nossa voz,
Correndo como rio em busca da foz!
Silvino Figueiredo
(o figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
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