COISA DANINHA
Quem saberá donde vens, coisa daninha,
que vagueias soberba entre pessoas,
de máscara ossuda e escarninha
a trazer o inferno às horas boas?
Vestes um manto preto, usas foicinha,
envolta pelas névoas das lagoas,
remando a tua barca maneirinha,
vens pelas noites longas e abalroas…
E cada um de vós vê-te um só dias,
já despida da nefasta fantasia
que colocas para os loucos Carnavais!
Depois vêem-se bem as marcas dos teus pés,
daninha coisa que vens como as marés
e quem te viu calou, não falará jamais!
Maria de Lourdes Martins
in Castelo de Legos
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