sábado, 23 de julho de 2011

PRAGAS COM PRÉMIO

PRAGAS COM PRÉMIO

            Grandes ou pequenas, todos nós já rogamos pragas a algo ou a alguém que não gostamos. Mas, poucos serão os que confessam ter já praguejado com o que gostam. Eu, por vezes, com o meu Sporting e não só…

            Exemplificando melhor: - Compro de segunda a sexta, a crónica do Manuel António Pina, que traz como oferta o “Jornal de Notícias” e logo que pego nele, maquinalmente olho para a última página, leio o “Por outras palavras” e deliciado com mais uma lição dobro o jornal.

            De quando em vez, um cantinho  diz-me que por motivos de saúde a crónica não será publicada, e é aqui que sai praga:
            - Oh, pá, este Pina só devia adoecer aos fins de semana e mesmo assim de quinze em quinze dias, por causa da crónica no “Notícias Magazine”.
            Uma vez por ano, o mesmo cantinho anuncia-me que o autor da crónica que me anima e alerta, vai estar ausente em férias, nova praga me sai de imediato:
            - Férias (?), com esta crise! Depois o “JN” queixa-se que as vendas baixaram. Este Pina, já devia saber que o pessoal sem a crónica dele durante um mês é o mesmo que ter um GPS espanhol, andamos á deriva!

            - Confesso que só houve um dia em que a falta do “Por outras palavras”, não me fez rogar qualquer praga, até fiquei satisfeito, foi no dia em que a crónica deu lugar à notícia de que o “Prémio Camões” tinha sido atribuído ao Manuel António Pina. Nesse dia li logo “o jornal do Pina”, termo usado pelo Fernando Alves, na crónica “Sinais”, da TSF sobre a atribuição do prémio.

             Finalizo com a informação de que esta crónica, não seria publicada no “JN”, por exceder os mil e duzentos caracteres. O que quer dizer que até nisto do poder de síntese o Pina é muito bom!


eduardo roseira
(Ao Poeta Manuel António Pina com admiração.)
Porto, 18 de Junho de 2011
Homenagem da Galeria Vieira Portuense
lido por Lurdes dos Anjos

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