quarta-feira, 20 de julho de 2011

PALAVRAS INSONORAS

PALAVRAS INSONORAS

Há base de palavras insonoras
e alicerçadas num tempo irrepetível
irrompe doutras noites castradoras
a luz imperturbável do tangível.

Qual Fénix renascida dos escombros
no oblíquo olhar das coordenadas
constelações pungentes nos assombros
são o esplendor de silhuetas desnudadas.

E dos idílicos despojos inventados
pelos relógios que batem a desoras
fenecem gritos na voz de tão calados
em decibéis de palavras insonoras.


Kim Berlusa

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