NA CUBATA
brilha a lua prata
no céu azul-ultramar.
do perdido da selva
sai da hiena um esgar.
rasgando o fundo da noite
há o som de tambores
qual eco de dor.
na cubata
um miliciano e uma negra
constroem odores
isentos de amor.
o miliciano monta
monta
com ardor.
a negra geme
geme de dor.
Eduardo Roseira
in A Colheita Intima
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