terça-feira, 14 de junho de 2011

NA CUBATA


NA CUBATA

brilha a lua prata
no céu azul-ultramar.
do perdido da selva
sai da hiena um esgar.

rasgando o fundo da noite
há o som de tambores
qual eco de dor.

na cubata
um miliciano e uma negra
constroem odores
isentos de amor.

o miliciano monta
monta
com ardor.

a negra geme
geme de dor.


Eduardo Roseira
in A Colheita Intima

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