quinta-feira, 2 de junho de 2011

O GRITO DA VICTÓRIA


O GRITO DA VICTÓRIA

O grito da vitória
Explode de braços abertos
No limite da meta como linha.
A alegria incontida do trabalho;
É produto acabado
No resumo do fascínio da superação;
Contém alma e também coração.
O desporto como glória
É um veículo da casualidade e
Na exaltação, se perde a nobre arte da dimensão humana.
Nas diferentes modalidades
Encontras TU lugar
Na longa atitude ideal
Do espírito grego da Olimpíada.
O homem na cultura física
Toma a dimensão do divino
“no desejo de dar forma”
À exclusiva arte do ser intelectual.
O símbolo antigo do atleta coroado
Aparece na poesia de Homero
Onde a felicidade real
Quer a arte glorificar com os ícones das vitórias.
“Entre as espalhadas e inúmeras palestras”
Se constrói e desenvolve, na poeirenta
História, um mundo desportivo
Para dimensionar o baloiço da humanidade.
- Nós como passageiros desta aventura
Aceitamos a dor do esforço
Para chegarmos, por processo natural,
À convivência universal.
Os seres que, como eu, se extasiam
Na efémera visão duma luz
Subjugam-se para alcançar a eternidade.
Viva este intenso sacrifício para a paz,
A que o homem se dedica,
Para atingir a total modernidade.

Luís Pedro Viana
Porto, 20 de Maio de 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário